05/04/2016

nuvens de Abril

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quando as minhas mãos gelarem
meu coração irá sentir sua falta
para meu mundo infeliz
eu aguardo um dia de chuva

estou em um momento da vida em que
o coração se torna porcelana
e são muitas quedas para aguentar
quebra-lo se torna um fato impiedoso

ao vento que traz agonia
eu rezo calada
pedindo calmaria em minha mente
os joelhos cansaram
mas a graça sempre chega

olhos de seda
me aponte um rio
deixe-me navegar para o sul
enquanto observo as velhas casas de Gefyra queimarem
cervos correm em desespero
pela floresta

para meus medos
para os monstros que se põem em minha cama
aponto-lhes minha arma vermelha
toco-lhes com meus dedos cristalinos
fujam correndo
eu sou seu fim

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